
Li o livro (László Krasznahorkai, 1985) aí vi o filme (Béla Tarr, 1994). Baita. Belas imagens. Não tenho nada brilhante para comentar, tem o contexto político aí acontecendo, provavelmente algumas questões profundas, filosofia, essas coisas cheias de teorias e conceitos e explicações e perguntas e nós na cabeça. Não tenho literatura nenhuma de nada disso e sinceramente não é o que me move.

Acho que o livro me pegou mais, texto denso que me obrigou a forçar o cérebro, ainda mais depois de certo tempo sem ter o foco necessário para prestar atenção. Serviu como distração enquanto eu passava por um período meio triste, então numa imagem tag yourself eu seria o Doutor, bêbado, observando e escrevendo tudo sem ser parte. Yay. Pelo menos naquele momento. Não tenho culhões pra ser Irimiás, nem as divinas tetas da senhora Schmidt, nem religiosa como a Halics. É Doutor, mesmo. O Futaki é tristola mas calma lá, há limites. Ele é só patético. Falando em senhora Schmidt e senhora Halics, achei, no livro isso, que tinha clima? Uma tensão. Interesse, vá lá. Vai ver era loucura minha.







O filme é essa coisa monstruosa de sete horas e dezenove minutos. Vi durante um dia inteiro, arrastando o notebook pela casa enquanto fazia as atividades domésticas feito Jeanne Dielman (esse ainda estou digerindo). Cortei temperos, fiz farinha de rosca com uns pães velhos pra não jogar fora, o almoço, a janta, lavei a louça, outra louça, estendi roupa, guardei a roupa. E o filme lá, acontecendo. Alguns momentos sentei em frente e fiquei paradinha. Umas duas horas do total. Sei lá. Perdi a noção do tempo igual o diretor.
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Irimiás. Hot rodent man. |
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Ouvindo sem parar: Hej, Aloszka - Metro
Adoro a sequência do bar.
ResponderExcluirÉ ótima, puro caos. Dancei junto (lavando louça). Meu pai passou na cozinha e começou a dançar também.
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