27 de fevereiro de 2025

Eu li três livros em fevereiro

Sátántangó, László Krasznahorkai

Uma coisa leva a outra. Lembro de ler esse nome estranho em um e outro perfil por aí mas sobre o filme homônimo, de mil e uma horas. Como achei interessante (ainda que improvável que eu assista tão logo) coloquei na watchlist (que não se leva a sério). Aí vi outra pessoa comentando de livros, um deles era esse, pesquisei e vi que tinha pouco mais de duzentas páginas. Aí peguei pra ler, me pareceu mais prático que o filme.

Uma coisa engraçada é que, quando vi o número de páginas do livro, logo pensei na proporção de páginas do Hobbit e a quantidade de muitas horas em muitos filmes. Aí corri pra minha estante conferir quantas páginas tem a minha edição paperback toda surrada, remendada, comida por cachorro: 306. Mas na última folha não descobri somente o número total mas também duas traças enormes roendo com muito gosto e já atravessando o livro sofrido. Agora vou ter que revisar todos os outros.

Ah, sobre o livro: tamanho engana. É difícil pegar o ritmo no início e os parágrafos são blocos maciços. As páginas tem cheiro, textura, gosto ruim. Gostei.

livros a ilha de sacalina de anton tchekov e um defeito de cor de ana maria gonçalves

Um Defeito de Cor, Ana Maria Gonçalves

Depois do embalo da primeira leitura do ano, só segue (espero). Comecei a ler esse calhamaço ainda ano passado, 952 páginas. Eu era outra pessoa, outra cidade, outro tudo. Teve uma enchente e uma viagem longa no caminho. Retomei a leitura, estava no finalzinho. Do livro em si só posso ser ridícula e dizer baita livro. É interessantíssimo acompanhar a vida da protagonista com o pé na realidade mas também no místico, nos horrores, nas oportunidades. Mais pro final fica pouco perdido. De qualquer forma, gostei.

A Ilha de Sacalina, Anton Tchekhov

Também leitura retomada do ano passado. Tô querendo acabar ou pelo menos diminuir drasticamente a pilha de livros começados. Bem... em algum momento da minha vida fiz jornalismo, esse é um livro-reportagem, a temática Rússia me interessa, li uns contos do Tchekhov certa vez e gostei muito... então achei que fazia sentido ler. E acho que a palavra GOSTAR aqui não cabe. É terrível, tudo é terrível. Não sei se há terror que dê conta. O livro em si tem horas que é maçante, como o autor fez o recenseamento da ilha há muito detalhamento de número e quantidades e comparações muito técnicas em meio aos relatos.

* * *

E sim, mais um blog, mais um começo. Acho que dessa vez vai. Quero desapegar um pouco do nome completo e me esconder numa página feia sem firulas.

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