Sátántangó, László Krasznahorkai
Uma coisa leva a outra. Lembro de ler esse nome estranho em um e outro perfil por aí mas sobre o filme homônimo, de mil e uma horas. Como achei interessante (ainda que improvável que eu assista tão logo) coloquei na watchlist (que não se leva a sério). Aí vi outra pessoa comentando de livros, um deles era esse, pesquisei e vi que tinha pouco mais de duzentas páginas. Aí peguei pra ler, me pareceu mais prático que o filme.
Uma coisa engraçada é que, quando vi o número de páginas do livro, logo pensei na proporção de páginas do Hobbit e a quantidade de muitas horas em muitos filmes. Aí corri pra minha estante conferir quantas páginas tem a minha edição paperback toda surrada, remendada, comida por cachorro: 306. Mas na última folha não descobri somente o número total mas também duas traças enormes roendo com muito gosto e já atravessando o livro sofrido. Agora vou ter que revisar todos os outros.
Ah, sobre o livro: tamanho engana. É difícil pegar o ritmo no início e os parágrafos são blocos maciços. As páginas tem cheiro, textura, gosto ruim. Gostei.

Um Defeito de Cor, Ana Maria Gonçalves
Depois do embalo da primeira leitura do ano, só segue (espero). Comecei a ler esse calhamaço ainda ano passado, 952 páginas. Eu era outra pessoa, outra cidade, outro tudo. Teve uma enchente e uma viagem longa no caminho. Retomei a leitura, estava no finalzinho. Do livro em si só posso ser ridícula e dizer baita livro. É interessantíssimo acompanhar a vida da protagonista com o pé na realidade mas também no místico, nos horrores, nas oportunidades. Mais pro final fica pouco perdido. De qualquer forma, gostei.
A Ilha de Sacalina, Anton Tchekhov
Também leitura retomada do ano passado. Tô querendo acabar ou pelo menos diminuir drasticamente a pilha de livros começados. Bem... em algum momento da minha vida fiz jornalismo, esse é um livro-reportagem, a temática Rússia me interessa, li uns contos do Tchekhov certa vez e gostei muito... então achei que fazia sentido ler. E acho que a palavra GOSTAR aqui não cabe. É terrível, tudo é terrível. Não sei se há terror que dê conta. O livro em si tem horas que é maçante, como o autor fez o recenseamento da ilha há muito detalhamento de número e quantidades e comparações muito técnicas em meio aos relatos.
* * *
E sim, mais um blog, mais um começo. Acho que dessa vez vai. Quero desapegar um pouco do nome completo e me esconder numa página feia sem firulas.
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