Ontem cortei o cabelo. Sozinha, no espelho do banheiro. Dessa vez não com a tesoura Elgin da cozinha, tão velha quanto meu pai, mas com a de papel do meu atelier. Pesquisei "wolf cut" no youtube e imitei o que me parecia mais sensato. Dividi meu cabelo em duas partes, frente e costas, dois rabos-de-cavalo lá no topo, e cortei conforme instruído. Não há provas, mas gostei do resultado.
A pesquisa dessa vez foi só pra fazer charme, não que precise. Não que eu saiba de alguma coisa. A ideia sempre é só pegar a tesoura e cortar o que parece que precisa ser cortado, faço isso desde 2011 (quando tive coragem de cortar meu cabelo longo). Poucas vezes fui feliz em salão, cortam de menos ou demais, comentam defeitos que nem existem. A última cabeleireira que fui gostei bastante, até repeti, mas pela distância acabei imitando o corte em casa mesmo. Cabelo cresce, é só uns pelos na cabeça.
Ainda na editoria youtube, acabei de ver um filme. Noite de inverno em Gagra (Зимний вечер в Гаграх), de Karen Shakhnazarov. Uma espécie de musical soviético, uma mistureba que não se explica tão bem de sapateado, Egito, sintetizador, máquinas substituindo artistas. Achei mais ou menos, mais pra menos, mas feliz por ter visto algo. Fazia mais de mês que não atualizava meu letterboxd (e esse foi o centésimo filme do ano!).

Ah. Mais uma coisa, importantíssima. Comprei uma sapateira tosca baratérrima na shopee (nunca antes tinha me aventurado) e me diverti montando o quebra cabeça, fui na intuição e deu certo. É feia mas resolveu uma bagunça que não sabia onde por.

Igual o cabelo, vou deixar o resultado na imaginação.
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